O Inter tentou o script normal de quem atua como mandante e tratou de enquadrar o Emelec. Foram 20 minutos muito bons, com direito a bola na trave (Vitinho) e o gol marcado por Nilmar, no fim . Depois, relaxou e expôs as falhas no sistema defensivo - na zaga, sobretudo. Em dois lances parecidos, permitiu a virada dos equatorianos, nos gols de Burbano e Mena. Bateu medo, que aumentou com a contusão de D'Alessandro, que se juntou a Aranguiz e Anderson na lista dos que têm problemas musculares.
A superação do Inter foi fundamental na etapa final. E começou com Alex, que havia entrado no lugar de D'Alessandro. Ele chamou a responsabilidade de guiar o meio-campo e apareceu para empatar, em jogada que passou por Nilmar como garçom. Daí em diante foi o Inter martelar, insistir, persistir, até virar com gol de Réver, um dos que eram criticados no primeiro tempo.
Foi vitória de dedicação, de peso da camisa, de amor. O Inter desdobrou-se, sofreu e transformou em aplausos o que era insatisfação e ensaio de vaias no intervalo. Continua na condição especial de depender apenas de si para prosseguir na Libertadores. Mas tem de encontrar ponto de equilíbrio para passar mais confiança para a torcida, para dar sossego ao técnico Diego Aguirre (ainda sem simpatia ampla) e justificar a condição de forte concorrente no torneio.
Ufa.