O nome do jogo foi Juninho Pernambucano. E por quê? Porque é um veterano que joga muito, que tem espírito de luta, habilidade e capacidade de recuperação. Ele demonstrou tudo isso no lance que deu origem ao gol. Aos 41 minutos do segundo tempo, pegou a bola na área do Botafogo, escorregou na dividida com Antonio Carlos, recuperou-se e, mesmo desequilibrado, deixou Alecsandro sozinho, na cara do gol. O artilheiro só teve o trabalho de empurrar.
Não foi por acaso que, ao final da partida, a torcida do Vasco festejou não o autor do gol, mas o mentor: Juninho saiu de campo como o herói e animado a continuar. "Não imaginei que seria assim no final da carreira", disse para o SporTV. E o Vasco, sob o comando dele em campo e de Cristóvão Borges no banco, continua a subir. Mesmo assim, não é todo mundo que fica satisfeito: torcedores xingaram o treinador de burro ao trocar Carlos Alberto por Felipe.
Seedorf aguentou até os 29 do segundo tempo e esteve melhor do que na estreia. Quem declina é o Botafogo, que tem um grande jogador para o meio-campo, mas ficou sem ninguém para concluir jogadas no ataque. Depois de se desfazer de opções na frente, agora, lhe falta um goleador. É das ironias do futebol.