O rapazinho provavelmente se sentiu o máximo, porque conseguiu ingresso e acompanharia um duelo aparentemente desigual na técnica. Mas contava com a altitude como leal aliada para segurar o gigante brasileiro. O ar rarefeito, nos 3700 metros, é um tormento para rivais. Quem sabe não provocaria a proeza de o time local desempenhar bom papel? O guri se animou...
O oxigênio faltou, sim, mas no cérebro de imbecis que manejam morteiros, sinalizadores ou que raio sejam com imprudência, sem se importar se podem atingir adversários ou os próprios companheiros. Um desses artefatos furou o olho do garoto, fez estragos no cérebro, provocou hemorragia...
Kevin Beltrán Espada tinha 14 anos e estava no campo para divertir-se. Morreu antes de chegar ao hospital. Perdeu a vida porque irresponsáveis brincam com fogo, sem medir consequências.Uma vida a mais ou a menos, que diferença faz pra esses bárbaros, acostumados a encarar estádios como campos de batalha ou, no mínimo, como uma roleta russa?
E rodam mundo financiados sabe-se lá por quem.
Kevin Beltrán Espada tinha 14 anos.