A luta entre o líder da divisão de acesso e o terceiro colocado tinha tudo para ser equilibrada. Lusa e Náutico fazem campanhas regulares e são candidatos à promoção. O prognóstico se confirmou, no primeiro tempo, com poucos lances de perigo e muita marcação. Tudo corria normalmente até os 44 minutos, quando Ferdinando derrubou Kieza e levou vermelho. Marcelo Cordeiro revoltou-se com o árbitro e também foi expulso.
Jorginho e os atletas da Lusa que restaram foram para os vestiários preocupados, com razão. (Vestiários modo de dizer, pois todos ficaram no gramado....) Porque sabiam que a pressão seria total no segundo tempo. O treinador do time paulista não teve dúvida: colocou todo mundo atrás, exceto Edno, que ficou sozinho no ataque e ainda com a responsabilidade de tapar, dentro do possível, o meio-campo.
Não deu outra: o Náutico se jogou no ataque, pressionou, teve domínio de bola muito superior, mas falhou num quesito básico: eficiência. Não houve qualidade nas jogadas, não houve criatividade e, até certo ponto, a Lusa não teve a vida tão dificultada. Com a vantagem numérica, a equipe pernambucana conseguiu seu melhor momento num chute de Philip que bateu no travessão. No fim, saiu de campo até sob algumas vaias e Kieza quis partir pra cima de um torcedor mais folgado.
Com esse resultado, a Lusa segurou a ponta, agora com 39 pontos, contra 35 do Náutico. A Ponte está em segundo, com 38, e avança. A Lusa, desta vez, volta para casa com sensação de dever cumprido.