Mas sinal de amadorismo, no sentido negativo do termo, é mudar de treinador a todo momento. Clube que tem esse tipo de expediente como rotina está no caminho do fracasso. Se as trocas são aceleradas, pior ainda. Evidência de que não é do ramo quem está no comando.
Exemplo disso? O Náutico. O lanterna do Brasileiro anunciou a contratação de Marcelo Martelote para ficar com o time até o final da temporada e, quem sabe, traçar planos para 2014, evidentemente na Série B. Até aí, tudo bem. Tudo bem uma vírgula! Martelote é o sétimo técnico em 2013 - e ainda faltam pouco mais de três meses para terminar o ano.
Isso não tem cabimento, é uma brincadeira de mau gosto. A lista conta com Alexandro Gallo (agora com as seleções de base da CBF), Vagner Mancini (que vai muito bem no Atlético-PR), Silas, Zé Teodoro, Jorginho e Levi Gomes, que esteve no banco no empate com o Flamengo. Apelar para Martelote representa também falta de criatividade. Nem duvido da capacidade dele, mas só neste ano já dirigiu também Sport e Santa Cruz.
Não há como explicar esse frenético entra e sai de treinador, a não ser como prova de impaciência, imaturidade. Não me lembro de ter visto algo semelhante, em tanto tempo que acompanho futebol.Sete, como diz o povo, é conta de mentiroso. Só pode ser.