O horário do jogo foi um tanto insólito - começou às sete da noite, bem no meio do rush paulistano e num dia frio demais. Uma dessas medidas para satisfazer grades de programação. Mesmo assim, foi bom o público que esteve no Pacaembu e que viu Neymar e sua turma passaram pelos chilenos sem muita dificuldade, depois do 0 a 0 na ida, em Santiago.
Muricy Ramalho colocou o melhor que tinha à disposição e deu atenção especial à marcação. O Santos precisava de vitória simples e o ideal era não cometer erros. O desempenho ficou dentro do previsto, com o time chileno bem vigiado e sem provocar maiores sustos.
A tranquilidade brasileira aumentou com o gol de Neymar aos 27 do primeiro tempo, numa jogada que contou ainda com a participação de Felipe Anderson e André. A folga poderia ser ainda maior, se Neymar não batesse mal pênalti que sofreu (aos 45 minutos), para defesa do goleiro Johnny Herrera. Mas La U foi assustada para o intervalo.
O golpe de misericórdia veio aos 15 da etapa final, com o gol de Bruno Rodrigo. A equipe chilena jogou a toalha e percebeu que não conseguiria diminuir, quanto menos chegar ao empate.Jogadores correram, tomaram alguns amarelos e ficou por isso mesmo.
O Santos tem sua segunda recordação vitoriosa no ano do centenário. A primeira foi o tricampeonato paulista. Esperava voos mais altos, mas teve seus motivos para festa. Agora, lhe resta terminar de forma digna o Campeonato Brasileiro.
E resta agradecer a Neymar, mais uma vez decisivo. O rapaz tomou mesmo o controle do time, tanto que, após o jogo, ainda deu volta olímpica solitária, com o troféu e a curtir a alegria com os torcedores. É o símbolo maior do time, após a saída de Ganso.