Neymar andava com saudade da camisa branca (ou azul?) do Santos. Nas 16 partidas anteriores pela Série A, havia participado de apenas 3. Não por coincidência, a ausência dele ocorreu numa fase desastrosa para o time, que se afundou na tabela e tenta sair da zona do rebaixamento e ser promovido para aquela do lusco-fusco.
Mas despontou todo serelepe para pegar o Figueirense. Aparentemente, sem sentir diferença de fuso horário, desgaste excessivo ou o jet lag. Foi o melhor em campo, a referência santista em campo, o articulador das principais jogadas. Até perdeu gol feito, no primeiro tempo, ao receber passe de Ganso na marca do pênalti. Chance que não costuma desperdiçar.
Compensou com deslocamentos, dribles, passes, o belo gol de empate na etapa final, a falta forte que levou de Túlio que resultou em vermelho e o presente para o compadre Ganso fechar o placar. Mostrou o quanto é importante para a equipe que paga os tubos para mantê-lo no Brasil. Foi um Neymar solto, que se viu em raros momentos nos Jogos Olímpicos.
Pior para o Figueirense, que se animou com a vantagem, no gol de Fernandes, no início do segundo tempo, e depois sucumbiu às travessuras do camisa 11 do Santos. Com 11 pontos, não consegue espantar o fantasma do descenso. Ainda se escora na arrancada do ano passado, quando esteve perto de disputar a Libertadores. Só que, na temporada atual, não demonstra equilíbrio suficiente nem para sair do sufoco.