Cássio não é perna de pau, ou mão de alface como a moçada diz hoje. Mas o curioso é que até alguns meses atrás era personagem apagado no Parque São Jorge. Chegou para compor elenco, na temporada, depois da experiência rápida e frustrada com o jovem Renan em 2011.
Com as falhas de Júlio César, no Campeonato Paulista, ganhou a posição e se firmou com o título da Libertadores. Fez algumas boas apresentações, caiu nas graças do público. E, pelo jeito, agora também do treinador da seleção brasileira.
Cássio não é goleiro que encha os olhos, e como ele há tantos por aí. Está no nível da maioria dos que defendem equipes importantes da Série A nacional. Tem ótima estatura, bom sentido de colocação e não é espetaculoso. De qualquer forma, não chega a ser um absurdo ver como se comporta com o grupo de selecionados.
O que chama a atenção é a carência que há no gol. O Brasil hoje não tem um camisa 1 confiável, aquele que a gente possa cravar como nome certo, a muralha que dá segurança aos demais. Taffarel, nas Copas de 94 e de 98, tinha carisma, assim como Marcos em 2002. Dida não comprometeu em 2006 e Julio Cesar (o da Inter) assumiu naturalmente o posto em 2010.
Agora não existe "o" goleiro. Passou o tempo de Julio Cesar, por exemplo, e não despontou o sucessor. Jefferson, do Botafogo, é o que me inspira menos temor. Vítor, Diego Alves, Diego Cavalieri (em boa fase e preterido por Mano), Rafael, Cássio e tantos outros podem ser chamados, ou não, que não haverá tanta diferença no nível.
Mano também tem essa dúvida a respeito do número 1. Tanto que já chamou Vítor, Julio Cesar, Jefferson, Diego Alves, Rafael (seria titular na Olimpíada e agora nem na lista está), Gabriel, o próprio Renan (aquele com passagem fugaz pelo Corinthians), Cássio e outros.
Essa é uma interrogação que, pelo jeito, vai persistir até o Mundial...