O tira-gosto alvinegro no Pacaembu lotado foi espetacular, pois em menos de cinco minutos abriu a vantagem de 2 a 0, gols de Paulinho e Emerson, consequência de belas tramas em velocidade. Deu a impressão de que transformaria o Furacão em ligeira Brisa. E até que manteve essa sensação boa no primeiro tempo, em que foi superior e mais decidido.
Veio a segunda parte e se repetiu filme manjado. O Corinthians aos poucos diminuiu o ritmo, passou da quinta para a quarta marcha, depois botou a terceira, engatou a segunda, a primeira e quase ficou em ponto morto. Levou o gol de Paulo Baier aos 3 minutos, viu duas bolas explodirem na trave, deu o primeiro chute depois dos 20 minutos e teve criatividade perto do zero. Os minutos finais, já sob forte chuva, foram mais de angústia e menos de festa. O Atlético, à beira da Série B, merecia melhor destino neste domingo
A queda no desempenho é evidente. Tite e seus colaboradores podem alegar que o desgaste é geral e que não há um elenco tinindo a esta altura do ano. Mas quem lidera uma competição tem a maré a seu favor, a pressão é menor do que a daqueles na rabeira. O futebol deveria fluir com naturalidade. E não é isso que se vê no Corinthians. Não mantém regularidade.
A sorte está do lado alvinegro, enquanto a incompetência da maioria dos concorrentes também dá o ar da graça (Botafogo, Flamengo e Fluminense estão quase fora dessa corrida). Mas, se o Corinthians não fizer sua parte com mais eficiência, pode ver-se abandonado quando menos esperar. E faltam quatro rodadas até o encerramento...