O interessante, nessa gangorra, é que o Santos foi a 28 pontos, dois atrás de Corinthians e Inter, respectivamente quinto e sexto colocados. Como ainda tem uma partida a disputar, para encerrar participação no primeiro turno, pode virar de fase bem perto do bloco principal. O jogo chave será contra o Náutico, mas só no dia 25.
O Inter pressionou, como era obrigação, empurrou o Santos para o campo dele. Mas cometeu o mesmo pecado de outras ocasiões, ao errar passes finais ou em conclusões sem perigo. Com o tempo, afrouxou a marcação, deu espaço para contra-ataques e entrou bem: aos 27 minutos, Thiago Ribeiro aproveitou bola desviada de escanteio e abriu o marcador.
Dunga mexeu na equipe, ao colocar Alex, Caio e Rafael Moura e não adiantou muito. O Santos manteve a toada que se havia proposto, ficou à espera de novo cochilo e aumentou, com Renato Abreu, em cobrança de falta aos 23 minutos da etapa final, um depois de ter entrado em campo. O esboço de reação colorada surgiu com o gol de pênalti do D'Alessandro, aos 30.
A avalanche do Inter ficou só na boa intenção. À medida que o tempo voava, o nervosismo aumentava e resultou na expulsão de Fabrício nos minutos finais. O Santos não se expôs, ainda mandou uma bola na trave, e mostrou que continua disposto a incomodar e a correr por fora - senão na disputa pelo título (o que parece muito distante), mas por uma vaga na Libertadores. Essa dá pra sonhar.