O primeiro tempo foi até razoável. O Barcelona teve mais posse de bola, porém o Palmeiras mostrou controle, não sofreu com lances perigosos. Se tivesse sido um bocadinho de atrevimento, ainda poderia ficar em vantagem. Até criou duas chances. E só.
Sem menosprezo algum, o anfitrião é ruim. O problema é que William e Borja estiverem sumidos em campo. Tinha de colocar um "Procura-se".
Pois bem, esperava-se uma segunda parte melhor - e até Cuca voltou dos vestiários dizendo que queria o time à frente. Sinal, então, de que partiria para o ataque. Ficou apenas na intenção. Foi o Barcelona quem tomou iniciativa, ao empurrar o Palmeiras para o próprio campo. Não que tenha incomodado o Prass além da conta; no entanto, rondou e rondou a área verde.
Cuca decidiu mexer. Primeiro tirou Zé Roberto, com a língua deste tamanho de cansaço e colocou Roger Guedes, para aumentar a correria sobre a zaga rival. (A propósito: parabéns ao Zé, que hoje faz 43 anos.) Depois viu que Dudu também não participava e o mandou para o banco, para dar lugar ao Michel Bastos. Mais adiante tirou Borja e pôs Keno.
Sabe o que deram essas mudanças? Em nada. Absolutamente nada. O Palmeiras foi um balaio de gato, o Barcelona percebeu a decidiu ir na raça. Sem qualidade, na correria, no abafa, do jeito que desse. Tanto fez que aos 47 foi premiado com o gol de Alvez. Chute de fora da área, resvalou no meio do caminho e pegou Prass sem pernas para reagir.
O Palmeiras chamou a derrota... e ela veio. Pode ganhar em casa? Pode e deve. De preferência por boa diferença. Mas, para tanto, precisa jogar bola. Nada exuberante, só jogar futebol. O que ele pouco fez neste 5 de julho.