Não foi moleza bater um rival que está na área da degola há muito tempo. O Coelho mineiro deu trabalho no primeiro tempo, segurou o Santos, mandou uma bola na trave e exigiu pelo menos uma defesa complicada de Rafael. As jogadas mais criativas do time paulista - e, assim mesmo, poucas - surgiam dos pés de Neymar, sempre bem marcado.
Mas foi o talento do astro santista e o oportunismo de Borges que começaram a mudar o jogo. No início da etapa final, Neymar cavou escanteio, que cobrou na cabeça do artilheiro do Brasileiro. Só que o Santos não pôde respirar, porque o América foi à frente e empatou com Kempes, ao aproveitar rebote de Rafael. A vitória veio com Edu Dracena, depois de bola desviada por Alan Kardec, de novo em cobrança de escanteio de Neymar.
O Santos cresce sem alarde. E, se mantiver o ritmo, em cinco rodadas estará embolado no pelotão de frente. O time se estabiliza, com números pra lá de satisfatórios: foram 16 gols marcados nas últimas oito rodadas (aquelas da série de invencibilidade), contra 8 sofridos. Finalmente, um dos candidatos ao título nacional bota as manguinhas pra fora.