Na época, escrevi que o ideal seria ambos atuarem sem amarras, como deveria ser sempre. Infelizmente é tradição que persiste por aqui, essa de jogador emprestado não enfrentar o time de origem. No caso de Pato, acrescenta-se o fato de o Corinthians bancar parte dos salários. Daí, a argumentação de que não faz sentido pagar alguém e vê-lo jogar contra.
É um dos equívocos do nosso futebol. Como seria estapafúrdio o São Paulo topar a parada e botar a mão no bolso só pelo capricho de fazer com que o atacante deixe o Corinthians preocupado. Não é profissionalismo e a atitude demonstraria inconsequência da diretoria. Que, certamente, seria cobrada pelo Conselho. Não há dinheiro para jogar pela janela.
O Corinthians até acenou com a hipótese de parcelar essa dívida, mas os cartolas tricolores não embarcaram na conversa. No que agiram muito bem. Pena que o duelo perderá em atração, pois seria muito interessante acompanhar o comportamento do goleador diante de ex-companheiros, ainda mais que deixou o Parque São Jorge por baixo. Além disso, Pato vive fase muito boa, com gols nas competições de que o time participa. A pausa vem em hora errada.
Mas essa fica para mais tarde. Muricy, no momento, terá de se virar para definir o companheiro de Luis Fabiano no comando do ataque. Teoricamente, melhor para o Corinthians. Mas só na teoria...