O Flu surpreendeu, o Palmeiras decepcionou. A frase resume muito do que foi o jogo disputado no Maracanã com público muito bom. A equipe de Eduardo Baptista tinha consciência da necessidade de fazer um placar favorável, e se possível folgado, porque na semana que vem a tarefa será complicada no Allianz Parque.
E levou a sério essa alternativa. Tão a sério que se superou, em relação às últimas apresentações no Brasileiro, e pressionou o Palmeiras com vontade e eficiência. O prêmio veio na forma dos gols de Marcos Júnior e Gum. Uma diferença perfeita, antes do intervalo, e diante de um rival desconcertado, perdido no meio-campo, com a defesa exposta (como tem acontecido com frequência).
O Flu tratou de controlar o jogo no segundo tempo - e o fez com naturalidade, sem recuar demais. Ofereceu espaço, na tentativa de cavar brecha para contragolpe para o terceiro e colocar toneladas de responsabilidade sobre os ombros dos palmeirenses. A estratégia só falhou por interpretação de Leandro Vuaden, que viu pênalti de Gum em Zé Roberto. O árbitro embarcou na experiência do meia, que girou o corpo e já foi caindo ao sentir o contato do zagueiro.
O gol desconcentrou o Flu, sobretudo pela forma como surgiu. O jogo ficou até mais aberto, tenso, e teve gols anulados para os dois lados. No final, leveza para o lado verde, revolta para o lado tricolor.
Ok, o Palmeiras passa para a final, com um mero 1 a 0, dentro de sete dias. Mas não significa que esteja com a vida feita. Por dois motivos: 1 - quem está à frente é o Flu, pois lhe basta empate; 2 - o Palmeiras jogou mal, tem negado fogo ultimamente, e precisa jogar muito mais.