O dérbi paulista disputadoem Presidente Prudentefoi quente - e não só por causa da temperatura. A partida foi boa, longe de mostrar-se monótona. Tite havia prometido Corinthians veloz como aquele das brilhantes dez rodadas iniciais. Para tanto, colocou Emerson no lugar de Alex. O Palmeiras tomou precauções e reforçou a marcação, com Márcio Araújo na direita, Chico, Marcos Assunção e Patrick no meio.
A estratégia corintiana funcionou no gol de Emerson - gol um tanto esquisito, pois ele tentou cruzar e ninguém de verde apareceu para fazer o desvio. O Palmeiras respondeu com duas boas conclusões de Kleber. Mas perdia o meio-campo. Daí Felipão, ao ver o jogo por cima (suspenso, estava numa tribuna), mandou Murtosa colocar Fernandão no lugar de Patrik. O grandalhão estreante pegou pouco na bola, mas segurou os zagueiros.
O equilíbrio no jogo levou ao empate, com Luan, um dos melhores, senão o destaque do jogo. Ele correu, combateu na defesa, no meio-campo, armou e ainda apareceu na área, em cobrança de escanteio, para fazer1 a1. Avirada veio com Fernandão, no início da etapa final, num lançamento de Marcos Assunção: o centroavante com cara e jeito do italiano Vieri matou no peito e tocou na saída de Júlio César.
Prevaleceu, dali pra frente, a postura impecável da marcação palmeirense. As duplas de zagueiros (Henrique e Thiago Heleno) e de laterais (Márcio Araújo e Gabriel Silva), mais Chico, anularam o meio-campo e o ataque corintianos. Emerson, Liedson, Jorge Henrique (depois Morais), Danilo (Willian) sumiram. Os laterais Wallace e Ramon pouco foram vistos na frente. Paulinho em nenhum momento apareceu como 'surpresa'.
Uma tarde para o Palmeiras comemorar. O Corinthians ainda ficou com o título de "campeão de inverno", mas vê de longe aquele time ajustado do início da competição. Tem bons momentos, porém já não parece mais com pique para disparar.