O Palmeiras ideal não surgiu ainda e há diversos jogadores na boca de espera para entrar. Osvaldo de Oliveira trabalha com os que estão em condições físicas e legais e, no mínimo, tem uma ideia melhor do pessoal com quem poderá contar ao longo do ano.E, após alguns testes e a partida inaugural do Paulistão, deve ficar animado com o que vem pela frente.
O Palmeiras esteve arrasador no primeiro tempo, quando praticamente resolveu o problema, ao fazer três gols (e desperdiçar ao menos outros dois). Na segunda parte, diminuiu o ritmo, tirou o pé do acelerador e só levou o gol nos descontos. Queda normal, porque ninguém ainda atingiu o melhor condicionamento, a vantagem era grande e o Audax se ajustou.
Mas, no período em que sobrou, o Palmeiras teve algumas características elogiáveis: sistema de marcação bom, meio-campo ágil, velocidade no ataque, pressão na saída de bola do Audax e muita troca de passe. Ou seja, tudo o que se espera de um grupo com cara de vencedor.
O destaque outra vez foi Allione. O argentino tinha ido bem nos amistosos de preparação e voltou a ser o ponto de referência na equipe, com boas jogadas pela esquerda e passes nos dois primeiros gols. Bem Zé Roberto, Leandro, Robinho, Lucas e Victo Hugo. Candidatos a continuarem como titulares, mesmo quando estiverem na briga Dudu, Valdivia, Arouca, Alan Patrick.
Desnecessário frisar que foi tira-gosto, que Estadual não é grande parâmetro, que o Audax não foi resistente, etc. etc. Só os muitos fanáticos para achar que o Palmeiras está pronto. Não está, e quem tem bom senso (Osvaldo incluído) sabe disso. Mas sempre é bom, para o torcedor, ver que há postura diferente daquela pra baixo, medíocre e tosca do ano passado.