O placar deveu-se a méritos do Palmeiras e a limitações do Corinthians. O vencedor do duelo finalmente teve equilíbrio e eficiência na dose certa, ao contrário do que aconteceu nas últimas partidas - sobretudo no 0 a 1 para o Goiás e no 0 a 0 com o ASA.
O quinteto de meio-campo, formado por Gabriel, Arouca, Kelvin, Valdivia e Zé Roberto, anulou o adversário, não permitiu um ensaio sequer de jogada de ataque. Amaral entrou depois e manteve a pegada. A defesa ficou protegida, Fernando Prass assistiu ao jogo. Rafael Marques e Zé Roberto selaram o destino, com um gol cada.
O Corinthians foi um amontoado, sem vibração, sem confiança, tampouco inteligência. A equipe que um tempo atrás era considerada apta até a enfrentar os grandes europeus, agiu pequeno, amedrontou-se. Repetiu o desempenho frustrante da derrota para o Guaraní paraguaio.
Há dois aspectos a analisar: O primeiro é o esquema, que não tem funcionado. Antes, o Corinthians prevalecia pelo toque de bola, pelo envolvimento. Agora, ficou manjado. Basta marcar o meio, fechar as laterais e o time despenca. Além disso, já está sem Sheik e Guerrero, tende a ficar sem Gil, Elias e qualquer outro que encontrar interessado.
Tem também a crise financeira. A falta de dinheiro e as dívidas que crescem obrigam a diretoria a puxar o freio. Mas é bom lembrar que essa diretoria atual é continuação da anterior (Mário Gobbi), que era sequência da outra (Andrés Sanchez).
Venderam um Corinthians potência mundial e estão entregando um Corinthians desmantelado.