A preocupação é com o tricolor carioca. A instabilidade continua, o aproveitamento como mandante está baixo, o retrospecto no segundo turno se mostra aquém de qualquer expectativa. No popular: anda com bola murcha.
Para piorar, depois do 1 a 0, e com a combinação de resultados, se aproximou de vez da turma de baixo. Sei que está tudo muito embolado, mas 31 pontos são apenas 4 a mais do que têm Bahia e Coritiba, os dois primeiros da zona do descenso.
O Flu não foi páreo para o Palmeiras, ao contrário do que havia ocorrido no primeiro turno, no Allianz Parque. Praticamente não incomodou Fernando Prass, finalizou raramente - e mal. Difícil escolher quem se salvou. Aponto de Abel Braga, sempre incentivador da tropa, ter reconhecido que "uns sete ou oito não foram bem". Coloca nessa conta os 14 utilizados.
Restou a sensação ruim de que o Flu chegou ao limite. O que pode dar-lhe ânimo é a Sul-Americana, torneio em que topará com o Flamengo nas quartas de final.
O Palmeiras jogou para o gasto - e sobretudo na etapa final correu poucos riscos. Nesse aspecto, em alguns momentos lembrou o time da campanha vitoriosa de 2016. A defesa errou menos, o meio-campo esteve mais ligeirinho, na frente também deu conta do recado.
As oportunidades vieram, embora a única mais bem aproveitada tenha sido a de Egídio, no golaço que garantiu o resultado. Mas mandou bola na trave, puxou contragolpes. Enfim, não deixou a apatia de outras jornadas impor-se. Até Borja entrou e se mostrou mais esperto...
Bobagem vir com conversa de título ou coisas do gênero. A distância para o Corinthians está em 11 pontos. É chão demais para tirar. No entanto, se fizer a parte que lhe cabe, a tendência é de encurtar, com o tempo.
Um tira-teima excelente está marcado para a noite do sábado, no jogo em casa com o Santos. Quem vencer, pode pensar mais alto.