O torcedor palmeirense pode até estar contente com o resultado e com o fato do time ter chegado à liderança, embora o Internacional, que também soma 16 pontos, ainda não tenha jogado nesta rodada.
Mas a verdade é que, no primeiro tempo, depois de abrir o placar logo a 8 minutos com Roger Guedes, o Palmeiras ficou perdido em campo. E Fernando Prass trabalhou como nunca, como líbero e como passador de bola. Toda hora ela sobrava para um chutão do goleiro. E invariavelmente a bola fica nos pés da defesa inimiga.
Isso acontecia, porque Moisés não dava conta de armar o time sozinho. Estava marcado e sobrecarregado.
E o empate do Coritiba veio de uma falha da zaga, que ficou olhando João Paulo cabecear sozinho.
Quase no final do primeiro tempo, Fernando Prass trabalhou como goleiro mesmo e fez duas grandes defesas.
No intervalo, Cuca resolveu o problema: tirou Thiago Santos e colocou Cleiton Xavier. Pronto: a bola ficou redonda, como por encanto. Os passes deixaram de ser quadrados e o Palmeiras voltou a ser um time candidato ao título da temporada.
Gabriel Jesus teve chance, que parou numa grande defesa de Wilson. Moisés perdeu gol certo, após passe de Cristaldo. E o próprio Cristaldo mergulhou de cabeça para fazer2 a 1 - placar que parecia definitivo quando, três minutos do encerramento, com o adversário entregue, a torcida palmeirense presente no Estádio Couto Pereira cismou de acender sinalizadores. A partida foi paralisada e, no reinício, o Coritiba encontrou forças para empatar num chute certeiro de Leandro.
O resultado foi justo.
Cabe a Cuca explicar por que seu time varia tanto de um tempo para outro. E por que não começa as partidas com Moisés e Cleiton Xavier?
(Com participação de Roberto Salim.)