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(Viramundo) Esportes daqui e dali

Pênalti? O Corinthians tem mais a lamentar...

Os corintianos ficaram fulos com a arbitragem, por entenderem que Jô sofreu pênalti em disputa com Igor Rabello, nos segundos finais do jogo com o Botafogo. Lance no mínimo discutível. Se a falta fosse marcada, quem sabe o destino do duelo seria outro, que não a derrota por 2 a 1, a quinta do líder no campeonato, e todas no returno?

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Por Antero Greco
Atualização:

Porém, mais do que lamentar uma jogada que representaria a cartada final, a turma do Corinthians precisa rever que trajetória traça na segunda parte da competição. A primeira foi perfeita, a melhor da história. Impecável, proeza que sequer Barcelona, Real Madrid, Bayern e outros grandões fariam, em seus países nem aqui.

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Mas, e agora?

Agora virou time comum, com algumas qualidades e os muitos defeitos dos demais concorrentes - ou ao menos daqueles que o perseguem. O Corinthians de sintonia fina e invejável, de aproveitamento máximo, de equilíbrio irritante, ficou no passado, nas 19 rodadas iniciais da Série A. Ultimamente, o que se vê é o acúmulo de falhas, a perda da eficiência, o crescimento da preocupação. E a sombra dos concorrentes a crescer.

Não que tenha jogado mal na noite desta segunda-feira. A derrota no Engenhão não entra na conta das apresentações sem graça. No entanto, ela é consequência da queda de produção. Antes os adversários temiam os alvinegros; neste momento, o encaram confiantes na possibilidade de pará-lo, porque tem sido rotineiro. Afinal, em dez rodadas do returno, eram 4 derrotas, 3 empates e 3 vitórias.

O Corinthians vulnerável foi o que animou o Botafogo a partir para cima, sem o medo de que estaria à mercê de contragolpes milimetricamente decididos. Nada. O primeiro tempo foi até morno demais, sem grandes emoções, exceto uma finalização de Marquinhos Gabriel que acertou o travessão do gol de Gatito Fernandes.

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No segundo tempo, se impôs o mau pedaço corintiano. Começou com o gol de Brenner, aos cinco minutos, após cobrança de escanteio. Jô empatou pouco depois. Mas, em novo escanteio, aos 30, Igor Rabello de cabeça fez o gol da vitória.

E o Corinthians praticamente não criou oportunidades, não testou os reflexos de Gatito, não se comportou com a autoridade de quem está na ponta há muito tempo. Ao contrário, foi à frente com tudo, para ver no que ia dar. E deu a quinta derrota no segundo turno.

O que parecia questão de tempo para se transformar no título brasileiro mais fácil virou uma tarefa mais complicada. Ok, o Corinthians tem 6 pontos a mais do que Palmeiras e Santos, depende só de si. Mas ele não se tem ajudado. Eis o problema.

 

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