O São Paulo venceu por 2 a 0, e de maneira merecida, por ter feito a apresentação com mais garra e empenho dos primeiros meses da temporada. Comportou-se como a torcida exigia, ou seja, com afinco, aplicação, vontade. Tratou de pressionar o Corinthians desde o pontapé inicial. O prêmio veio na forma dos gols, Luis Fabiano aos 31 e Michel Bastos aos 39 minutos do primeiro tempo. Fora oportunidades criadas antes. Na segunda etapa, tratou de garantir a vantagem.
Empenho tricolor à parte, um fato foi determinante para fixar o panorama do jogo: a expulsão de Emerson Sheik aos 18 minutos. O corintiano deu um toquinho no tornozelo de Tolói, que caiu e rolou como se tivesse quebrado a perna. Meira Ricci nem viu o lance, porque a bola estava no ataque do São Paulo, guiou-se pela encenação e deu vermelho direito para Emerson. Atitude tosca do Sheik, malandragem sonsa, mas o juiz tinha a alternativa de adverti-lo com amarelo.
Daí em diante o Corinthians morreu. Já não jogava grande coisa, mas com um a menos acusou o golpe. Com os gols, então, arriou. No segundo tempo, ainda esboçou reação, mas jogou a toalha de vez com a expulsão de Mendoza. Preferiu, então, nem se arriscar, já que pegará o Guarani paraguaio nas oitavas, e não o Atlético-MG como em princípio se desenhava o emparceiramento.
No episódio da expulsão de Mendoza uma contradição de Meira Ricci. Se ele deu amarelo para Luis Fabiano por simulação, então não deveria punir Mendoza. Se achou que ambos se agrediram, era para dar vermelho direto para ambos e não só para o corintiano. Na tentativa de mostrar o famigerado "controle do jogo", o que ele fez foi estragar o jogo.
O São Paulo tende a crescer, após a passagem suada para as oitavas de final. Mas não é ainda time estável. O Corinthians sofreu a primeira derrota do ano em jogo oficial. Nem por isso se transformou em fogo de palha ou mentira. Apenas ficou evidente que ainda tem muito a aprimorar-se.