Pois acho que agora Ganso ressurgirá. Os períodos de afastamento têm a ver também com a cabeça. Ele se desgastou muito com a batalha longa travada entre seus representantes (o grupo DIS) e a diretoria do Santos. A entidade que o representa bateu de frente com a administração Luiz Álvaro, e isso mexeu com o rapaz. O corpo padeceu as consequências.
É de lamentar a forma como ocorreu a saída. Ganso despontou como o grande representante da nova geração do Santos. Ao lado de Neymar, evidentemente. Em torno de ambos se construiu uma equipede futebol criativo, envolvente. A perspectiva era a de que por bom tempo se tornasse referência no meio-campo. Bateu asas antes do esperado.
Por isso, o torcedor se aborreceu e, em sua última aparição na Vila, saiu de campo sob protestos, xingamentos, moedas atiradas contra si. Não merecia isso, mas teve participação na ira dos fãs por deixar-se envolver no jogo de interesses. E porque constantemente, mesmo quando estava em convalescença, reclamava da falta de um plano de carreira. A diretoria retrucava, alegando que ele é quem recusava as ofertas.
Agora, isso é passado. Ganso terá vida nova no São Paulo, que ganhará em qualidade com a chegada dele. Ney Franco tem uma esplêndida opção para compor o time. Extraordinária, desde que não se machuque e que fique no Morumbi por bom tempo. Hora, por exemplo, de os tais investidores darem uma acalmada na volúpia de vê-lo a jogar no Exterior.