Sérgio morreu com 45 anos, em 1968, e perdeu muito Febeapá, que aqui brota mais do que capim. O mais recente vem de Belo Horizonte. Um vereador, cujo nome aqui não relatarei para não dar-lhe mais publicidade, para fazer média com o Atlético-MG, ainda mais em ano eleitoral, conseguiu a toque de caixa aprovar proposta de conceder para Ronaldinho Gaúcho o título de "Cidadão Honorário" da cidade.
A alegação para a honraria para um jogador que está em BH há um mês, pouco mais pouco menos, é a de que se concede para personalidades que se destacam nas áreas social, política, cultura, artística, desportiva. Ok, nada contra, desde que as tais personalidades tenham de fato contribuído para o engrandecimento, para o progresso, da capital mineira.
Ronaldinho acabou de chegar, não disputou ainda nem dez jogos pelo Galo, não conquistou título, o que pode acontecer, se o time mantiver o ótimo ritmo de início de Brasileiro. Ele é bom de bola, o Galo é grande. Ambos merecem sucesso sempre. Mas calma lá! Assim não.
Impressiona o oportunismo de políticos, que preferem o populismo fácil - e nada melhor do que o futebol para atingir objetivos desse nível. E o pior é que o torcedor, cego pela paixão, cai na armadilha, e o tal político vira figura carimbada e querida para os menos esclarecidos.
Pelo jeito, BH é uma cidade sem problemas. Só assim dá para entender que um vereador tome o tempo dele, e de seus colegas, para homenagear um profissional que provavelmente ainda nem conheça direito o trajeto de casa para o trabalho. A gente quer respeitar a classe política, porser aividade imprescindível para a democracia. Mas assim complica...
Ai, que saudade do Stanislaw Ponte Preta!