Veja você a novidade do dia: Joel Santana caiu no Flamengo. Epa, novidade velha, não é mesmo? A demissão do papai era a bola mais cantada das últimas rodadas do Campeonato Brasileiro. Ele vinha na base do balança mas não cai há um bom tempo. Na verdade, desde que o time foi desclassificado da Taça Libertadores. Durou até mais do que ele mesmo esperava.
Joel não teve aproveitamento ruim - passou dos 60% -, mas não vinha agradando, pela instabilidade da equipe. Teve sua parcela de culpa no bilhete azul que tomou. Há, porém, o lado da cartolagem. O Flamengo faz tempo que é um balaio de gatos, em que muitos dão palpite e poucos de fato resolvem. Não é à toa que tem jogador recusando convite para integrar-se ao elenco. Percebe-se, no meio, que a casa precisa de arrumação.
Bem, Joel vai embora, como anteriormente havia saído Vanderlei Luxemburgo. Daí, espera-se o quê, uma revolução? Nada disso. A saída é preencher logo a vaga aberta. Para tanto, a atenção se volta para Dorival Júnior. O mesmo que o Inter defenestrou na quinta-feira, depois da derrota para o Atlético-MG. Saiu do Sul porque não servia ao projeto local. Pode ser contratado agora para o Fla como o homem ideal para o... sim, para o projeto interno.
Joel não deve preocupar-se. Rodada mais, rodada menos, ele será convidado a assumir alguma equipe. E, não tenha dúvida, chegará respaldado pelo currículo, pela experiência, pelo tirocínio. Será o homem ideal para tocar o projeto do novo empregador. Até que se acumule a pressão, até que a diretoria seja cobrada, até que a demissão seja inevitável.
O que ocorrerá? O ciclo recomeçará. Ele é interminável. E sabe que, nesse vaivém, nem sempre os treinadores entram pelo cano? Se receberem o que lhes é prometido na hora da assinatura de contrato, até que dá para levantar uma boa graninha de indenização.
E o planejamento, ó... igualzinho à valorização dos professores de carreira.