Não se pode dizer que falta vontade ao Santos. Justiça se faça: a rapaziada corre, se entrega, até cria chances, como nos primeiros 20 minutos diante dos vascaínos. Mas começa a sentir o peso dos tropeços - bate o nervosismo e se acumulam os erros. Daí, a permitir reação adversária, é um passo. Tanto que o Vasco, no final das contas, foi o time que desperdiçou mais oportunidades para marcar.
Parece que a moçada de Claudinei Oliveira vive de lampejos, de soluços de bom futebol. Como em alguns momentos na etapa final, em que chegou à vantagem, com gol de Edu Dracena. Ou em boas jogadas de Montillo, que se destaca do marasmo generalizado. Como isso não é suficiente, tomou o castigo poucos segundos antes do apito final, no gol de Rafael Vaz aos 46 minutos.
O mais fácil é dizer que foi resultado justo. Só que não foi. O Vasco, mesmo com limitações, está mais consistente do que o Santos e subiu um degrau na classificação, com os 19 pontos ganhos. Aos poucos, Dorival Júnior acerta as peças de que dispõe.
O Santos, que tinha reagido em julho, depois de largada ruim, voltou a se desorientar. Se continuar nesse ritmo, vai achar interessante cumprir papel de coadjuvante, já a partir da virada do turno. No cenário mais desastrado, deverá ficar esperto para não parar logo na zona de rebaixamento. Ou seja: as escolhas não são animadoras.