O Santos preparou uma armadilha e o São Paulo caiu. O time de Adilson Baptista comportou-se como de costume - entenda-se mais agressivo - só até os 10 minutos do primeiro tempo, quando ficou em vantagem, com Elano (o quinto gol dele). Daí em diante, recuou como a maioria dos times comuns, e atraiu o adversário, para ver que bicho ia dar. Keirrison e Maikon Leite ficaram isolados na frente, enquanto o restante aguentou o tranco e a pressão.
Deu que o São Paulo foi para o ataque, até criou algumas situações de gol, mas não teve pontaria e qualidade suficientes para empatar e depois tentar a virada. Ao contrário, ainda levou o segundo, marcado por Maikon Leite aos 28 minutos da etapa final, em rebote de Rogério Ceni depois de chute de Elano de fora da área. Só não tomou o terceiro, na sequência, porque Leo se enroscou na conclusão e Rogério defendeu. O São Paulo teve mais domínio, ficou com a bola por tempo superior ao do Santos, mas não soube transformar essa supremacia em gols. Falta-lhe um matador.
O Santos venceu sem dar espetáculo, mas seu futebol também não foi feio. Felizmente, pelos jogadores que tem, não consegue ser um time "cascudo". A perspectiva de crescimento existe, com o torneio, mais adiante, de Arouca, Neymar e Ganso. É candidato ao título.
Reação verde. Como aos poucos se consolida também o Palmeiras. O elenco que Felipão tem nas mãos está longe de ter variedade e de ser brilhante. Há menos estrelas e mais 'operários' da bola. Com qualidade média, sem muita firula e na base da entrega, coleciona bons resultados. Depois do desempenho horrível no empate de estreia (0 a 0 com o Botafogo), enfileirou quatro vitórias e está em situação confortável.
Nos 2 a 0 sobre a Lusa, passou o sufoco habitual, contou com boas defesas de Marcos (fez o segundo jogo consecutivo) e desatou o nó só no final, com gols bonitos de Cicinho (aos 36 minutos) e Kleber (aos 46). Thiago Heleno teve sua chance na zaga, já que Danilo vai embora. Também foram aproveitados os recém-chegados João Vítor e Pardalzinho, que virou Max Santos. O trio foi discreto, ou seja, seguiu o tom do time.