O Santos teve chance de liquidar a partida no primeiro tempo, quando jogou melhor e deu pouco espaço para o Corinthians. O gol de Arouca, aos 16 minutos, foi o prêmio para a equipe que se impunha, com marcação solidária (até Zé Eduardo voltava para ajudar o sistema defensivo) e com rapidez no ataque. Neymar ainda perdeu chance extraordinária de fazer 2 a 0, antes do intervalo. Ficou em dúvida, diante de Júlio César, dei um chute no ar, à la Valdívia, e permitiu a defesa do goleiro.
O Corinthians esboçou reação na etapa final, adiantou-se e forçou o Santos a recuar. Tite ainda fez as mudanças de praxe, com William, Ramirez e Morais no lugar de Dentinho, Paulinho e Bruno César, e não conseguiu muita coisa. Pressionou, é verdade, mas chutou pouco ao gol. Um dos melhores lances veio no gol de Morais, mas quando faltavam pouco mais de cinco minutos para o encerramento e Neymar já havia feito o segundo.
O Santos se deixou pressionar, numa tática que tem utilizado ultimamente. Com eficiência, já que tomou apenas um gol em sete jogos, mas assusta o torcedor. Desta vez, deu certo de novo e o título se tornou realidade. Agora, mesmo com muitas baixas (Jonathan saiu com suspeita de distensão e Leo se queixou de dores), é candidato na Libertadores. Antes, porém, precisa livrar-se do Once Caldas, que costuma dar moleza em casa e atrapalha a vida quando é visitante.
Mas esse Santos, que nem sempre vai à frente, está amadurecido. E com cara de quem vai chegar à final do torneio sul-americano.