A nova tropeçada veio nesta quinta-feira, nos 2 a 2 com o Atlético-GO. Resultado infelizmente normal. Sim, normal dada as circunstâncias. Era o encontro do penúltimo com o lanterna. E, no momento, a bola de ambos não difere demais. O que, por si só, mostra o contrassenso que é este período que o Tricolor atravessa.
Havia expectativa por causa da estreia de Dorival Júnior no comando. Ele mexeu um pouco na escalação, porém na essência o desempenho não foi diferente daquele sob a orientação de Rogério Ceni. Ok, nem haveria mesmo de ocorrer uma guinada; afinal, o novo treinador acabou de chegar, mal sabe chamar todos os atletas do elenco pelo nome. Muito menos teve tempo de sobra para implantar esquema novo.
Por isso, o que se viu foi um São Paulo que tentou ser mais cauteloso no sistema defensivo e menos dispersivo no ataque. E com caras novas, como Petros, Aborleda, Gomez, que chegaram dia desses e já havia cavado lugar entre os titulares. Cueva voltou, para ser o regente, e manteve a fase irregular. Ele buscou a armação, mas com altos e baixos.
E foi um time inconstante que se viu no Morumbi, para decepção do público. São Paulo que esteve duas vezes em vantagem e duas vezes cedeu empate, na última delas, perto do fim, e com direito a gol de calcanhar de Everaldo. Aí foi demais! Pra humilhar, embora não tenha sido a intenção do moço. Fez o que podia, mas se encorajou por causa da tensão do rival.
É preciso dar crédito para Dorival. Pode soar conversa fiada; no entanto, é necessária uma dose de confiança. Há tempo suficiente para reação, para sair da draga atual. Por consolo, tem gente descendo a ladeira - casos de Ponte e Chapecoense, além da falta de rumo de Avaí, Vitória e do próprio Atlético-GO.
Mas, convenhamos: a gente discutir se o São Paulo cai ou se salva é uma inversão de valores. E reflexo do descontrole do time dentro de campo e da falta de visão fora, e isso já vem de vários anos.
Resta ter fé. E rezar.