O São Paulo precisa de um resultado largo, folgado, exagerado. A oportunidade era contra o Trujillanos, concorrente mais fraco da chave que tem ainda River Plate (5 pontos) e The Strongest (7). Era chance para não escapulir; um tropeço, um simples empate, representaria enorme passo para a desclassificação. E para botar o clube em crise de vez.
Mas não houve sequer esboço de complicação. Nada. O São Paulo jogou bem e o adversário é ruim de doer. Juntaram-se as duas coisas e a consequência foi a goleada revigorante. Foi bem na base do vira três, acaba seis. Os três primeiros saíram com Calleri aos 12 minutos, Kelvin aos 17 e João Schmidt aos 24. Na etapa final, só deu o argentino Calleri, com gols aos 4 (pênalti), 34 (rebote de pênalti que ele cobrou e o goleiro pegou) e aos 41.
O importante não foi apenas o resultado, mas a postura são-paulina: agressiva, ousada, de pressão incessante. Enfim, como o torcedor deseja sempre. Jogadores brigaram pela bola, procuraram o gol do início ao fim, se conscientizaram da necessidade do placar eloquente.
Importante: Michel Bastos, tão contestado pela torcida, foi um dos melhores em campo. Ao lado de Calleri, claro. Quem faz quatro gols numa partida não passa sem elogios.
Falta, agora, o São Paulo tomar esse jogo como parâmetro e embalar nas duas frentes, Libertadores e Paulista. Falta muito, mas o pontapé veio nesta terça-feira. Quem sabe?