Levou a melhor o São Paulo, que fez 4 a 1 e poderia ter saído de campo com mais. O time paulista teve o mérito de estar um pouco menos desarrumado do que em rodadas anteriores - e ainda contou com o retorno de Rogério Ceni, após longo afastamento. Além disso, pegou um adversário que vem caindo pelas tabelas. Poucas vezes vi o Fla tão desnorteado quanto agora.
Ney Franco optou mais uma vez por formação com ênfase no setor defensivo, recheou o meio-campo e apostou tudo em bolas para Luís Fabiano. É a tática de abafar crise, fazer a equipe recuperar posições perdidas e depois esperar que siga no rumo certo. Pagou para ver e se deu bem: o time foi para o intervalo com 2 a 0 (gols de Maicon e Luís Fabiano) e parada resolvida.
O Flamengo, batido e acabrunhado, foi espectador na segunda parte. A ponto de ver o São Paulo aumentar para 3 a 0, de novo com Luís Fabiano, fora ameaças ao gol de Paulo Vítor. O único momento de alento veio aos 21 minutos, com o gol solitário de Ramon.
Um sopro enganador, porque o Flamengo não teve força, organização, atrevimento para apertar e pelo menos sair com placar menos constrangedor. Ao contrário, tomou o quarto em cima da hora, em lançamento longo de Luís Fabiano que Jadson só tocou para as redes.
O São Paulo volta a subir, embora ainda distante do líder Atlético-MG. Mas recuperar a auto-estima. O Flamengo, com 16 pontos, cai para a 11.ª colocação. E, pelo visto, despencará mais, se não apresentar reviravolta urgentemente.