Pior: o time que entrou em campo é aquele que Edgardo Bauza considera - ou considerava - ideal para pegar o River Plate, na semana que vem, pela Libertadores. Se jogar contra os argentinos com a mesma desorganização e pane mental da segunda etapa, corre risco de levar surra daquelas.
Não há explicação aceitável. No começo do jogo, parecia que cumpriria formalidade e passaria pelo time do ABC, assim como havia vencido, no estádio municipal, rivais frágeis como Rio Claro, Novorizontino e Mogi Mirim. Era jogo para afinar o time para a competição sul-americana.
Teve até pênalti com poucos minutos, mas Calleri errou. O torcedor pessimista poderia ver, ali, sinal de que a tarde traria surpresas. Ganso tirou a má impressão ao fazer o gol da vantagem. Houve ainda outras investidas e flerte com o segundo gol.
Tudo tranquilo, tudo favorável? (Pronto, não resisti a embarca na onda...) Engano. O segundo tempo mostrou a turma tricolor com freio de mão puxado. Toque pra cá e pra lá, até permitir que o São Bernardo crescesse. Cresceu, empatou com Tata, virou com Jean Carlos e fez a festa com gol contra de Bruno aos 45 minutos.
Ganso e companheiros saíram de campo vaiados. Com razão. O São Paulo conseguiu a proeza de desmantelar-se em todos os setores. Nada funcionou, todos se perderam. Time parece sem alma.