A única opção são-paulina era ganhar. Não poderia haver meio-termo. O empate, em si, não significaria a eliminação, mas funcionaria como duro golpe na autoestima do grupo. E por pouco não prevaleceu o 0 a 0, mesmo com duas bolas na trave e um gol mal anulado. Por isso, a cabeçada de Michel Bastos aos 40 e tantos minutos caiu como bênção sobre o público no estádio e a torcida pelo Brasil.
Resultado à parte, ainda restam no ar algumas questões: o São Paulo jogou bem? Superou a desconfiança? Está tranquilo? Responderia não a essas dúvidas. O desempenho esteve longe de se mostrar desastroso, assim como não foi impecável.A oscilação continua, o que se reflete no comportamento do público, que apóia mas fica com um pé atrás.
Há ansiedade, também, entre os jogadores. Ficou claro no primeiro tempo, em que o São Paulo emperrou na marcação do San Lorenzo, elaborou mal as jogadas e tentou resolver na base da individualidade. Reações que satisfaziam os argentinos, descaradamente à procura do empate ou, no máximo, um contragolpe decisivo.
O São Paulo melhorou na segunda etapa, teve gol de Centurión anulado por erro do bandeirinha e pelo menos acelerou, saiu do ritmo arrastado de antes. O argentino, que entrou no lugar de Pato (machucou-se), foi um dos destaques do jogo. Muricy tentou cartada final, com Alan Kardec na vaga de Souza e ainda tirou Ganso (decepcionou) e colocou Boschillia.
O risco de eliminação precoce está afastado. O São Paulo ganha fôlego. Mas ainda falta jogar de tal forma que convença o torcedor de que o caminho na Libertadores será longo. E vitorioso.