O Brasil apareceu com mudanças para a última apresentação de 2015. Um delas, necessária, a entrada de Gil no lugar de David Luiz. E o corintiano foi bem, ao lado de Miranda. Outra mexida, prevista, era a permanência de Douglas Costa em vez de Ricardo Oliveira. Escolha certa, pois Douglas foi o melhor da seleção, ao fazer o primeiro a participar dos outros dois.
E a terceira, surpreendente, foi Renato Augusto no meio-campo, em vez de Lucas Lima. Também opção útil, porque o corintiano teve desempenho sóbrio, na marcação, ajudou no ataque e fez um gol. Atuação que deve ter carimbado presença em próximas chamadas.
Por que, então, afirmar que o Brasil ainda não encanta? Pela oscilação. No primeiro tempo, o ritmo foi mais lento, sem muitos lances de gol. Em parte pelo fato de o meio sair com mais rapidez e, também, por outra participação discreta, aquém do normal, de Neymar. O capitão apareceu em raros lances.
Nessa fase de ajuste o Peru deu algum trabalho e Guerrero testou reflexos de Allison. O goleiro do Inter se saiu bem. Para facilitar o trabalho, Willian fez boa jogada pela direita e Douglas Costa abriu o placar. Dali em diante, a tarefa não foi das mais árduas e os outros gols surgiram no segundo tempo, com Renato Augusto (ao receber passe de Douglas) e Filipe Luís, ao pegar rebote do goleiro em chute de Douglas Costa.
Dunga diz que a tendência é a de ter a seleção jogando "no estilo brasileiro", de dribles, deslocamentos e toques. Tomara. Daí, com o tempo, a turma da "amarelinha" poderá reconquistar o coração da torcida.