Pela poeira que se levantou pelos lados do Parque São Jorge nas últimas semanas, sobretudo nestes dias, acumular mais três pontos era tudo de que os corintianos necessitavam. O ambiente ficou carregado, por pouco Tite não pegou o boné e foi cantar em outra freguesia. Os torcedores exaltados de sempre puseras as manguinhas de fora, com promessa de tumulto.
Pois agora é possível respirar um pouco e acreditar, até, em reação no Brasileiro, no mínimo com desfecho de temporada digno, apesar de aquém do imaginado. O Corinthians teve mérito, diante dos catarinenses, de jogar com persistência, tenacidade. Isso não equivale a show, apresentação impecável e coisas do gênero. Mas prevaleceu a eficiência - detalhe, ok, mas ausente nos três empates recentes e na derrota para o Grêmio.
O Corinthians criou mais do que o Criciúma, chutou muito a gol, errou bastante e foi contemplado com o gol de Pato no segundo tempo. O rapaz é inconstante; no entanto, tratou de compensar com movimentação bem superior, por exemplo, àquela que mostrou no amistoso da seleção com Zâmbia, na terça-feira, na China. Fora de fuso, decidiu o jogo.
O Corinthians pode ganhar impulso para respirar, espantar crise e animar-se no duelo com o Grêmio, de novo em Porto Alegre, mas desta vez pela Copa do Brasil. A situação é tão maluca que o time que por pouco não despachou o treinador ainda briga por um título. Vai saber...