Nossa, o que a gente não faz para enxergar algo de bacana numa partida que, fora algumas jogadas cá e lá, foi de uma mendicância técnica tremenda. Os dois times já não são grande coisa. Sem alguns titulares, como Neymar, Montillo, Marcos Assunção, Henrique, Valdivia, ficam ainda mais comuns. E limitados.
E isso ficou exposto no confronto acompanhado por público pequeno. O Santos escancara cada vez mais a dependência de Neymar, o que é bom e ruim. Bom, porque poucos têm o privilégio de contar com um jogador desse quilate. Ruim, por não haver no restante do elenco astros de primeira grandeza. O grupo de Muricy Ramalho também tem vários jovens (tirando os veteranos da defesa), mas nenhum talento superior.
O Palmeiras compensou suas debilidades com empenho, garra, luta e aquelas coisas todas que se espera de qualquer profissional decente, em qualquer profissão. Mas não se pode cobrar jogadas de efeito ou criativas de um meio-campo com Márcio Araújo, Charles, Leo Gago ou mesmo Wesley. Não mesmo. Nem grande coisa de atacantes como Caio e Vinicius, com potencial, mas verdes, com o perdão do trocadilho.
Acrescente-se a isso o fato de que os dois times certamente estarão na próxima fase do Paulistão e está montada a receita para mais um jogo modorrento do torneio estadual. E ainda faltam cinco rodadas para o encerramento desta fase. Mamma mia!