E foi bonito, épico, emocionante, inesquecível! Veio no último pênalti chutado pelo Olimpia, depois de 2 a 0 no tempo normal e o empate na prorrogação. Vitória por 4 a 3 nesse quesito impiedoso para quem perde; maravilhoso, redentor para quem vence. Quando Gimenez mandou a bola na trave, o Mineirão explodiu, Minas explodiu ¬- ou pelo menos a parte alvinegra. E com razão, com alegria. Chega de agonia!
Não me interessa, agora, analisar o jogo, entrar em questões táticas, técnicas, pormenores estratégicos. Eles, neste momento, são irrelevantes. Não quero saber quem foi o melhor, quem foi o pior, quem pisou na bola, quem roubou a cena. De Victor, que outra vez pegou pênalti, a Jô, que fez o primeiro gol, e passando por Cuca - todos tiveram méritos, todos merecem cair nos braços do povo.
Na hora em que se vence, não vale colocar os "mas, porém..." que usei na primeira frase. Deve-se pular, comemorar, rir, chorar, abraçar, rolar na rua. Ronaldinho Gaúcho, Pierre, Tardelli, Victor, Richarlyson, Alecsandro e outros que, em algum momento da carreira, foram preteridos, viram o resgate com a camisa do Atlético. O Galo vingador justificou a fama ao pegar esse grupo e elevá-lo ao alto da América.
E Cuca, também. Acabou o papo de pé-frio, de técnico que falha na hora "H". Cuca, com suas rezas, sua crença e seu trabalho, venceu junto com os rapazes. Cuca entra na galeria dos treinadores que podem ostentar uma medalha da Libertadores. Justo.
Vai, Galo, arrisque voos mais ousados! Ganhe o mundo! Só não esqueça do Brasileiro. Afinal, foi onde começou essa jornada vitoriosa.