Contar com esses jogadores dá mais alternativas para Felipão, que tem visto o grupo passar por inúmeras baixas nos últimos tempos - de Wesley a Barcos, Thiago Heleno, Maurício Ramos, todos por contusão. O treinador aposta no chileno como o coordenador do meio-campo e tem no centroavante a referência para o ataque ao lado do argentino.
Como prova de que a vida dá voltas, antes problemas, agora Valdivia e Obina viram parte da solução. O "Mago" esteve a ponto de ir embora várias vezes, desde o retorno da Arábia, quase dois anos atrás. Ou por contusões, ou por atritos com o técnico ou, mais recentemente, pelo trauma provocado por sequestro-relâmpago que sofreu com a mulher. Agora, tudo parece superado e ele não pensa mais em largar o Brasil. De quebra, agradece Felipão.
Obina levou bilhete azul da diretoria, então sob o comando de Luiz Gonzaga Belluzzo, pela briga com Maurício, na saída para o intervalo de jogo com o Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro. Naquela altura, o Palmeiras perdia pontos importantes, despencava na tabela, via um título certo escorrer-lhe pelos dedos. Os dois jogadores funcionaram como bodes expiatórios. A cena foi forte, mas poderia ter sido contornada por uma boa conversa.
Valdivia sabe jogar bola - isso está fora de discussão. O que se espera é que possa ter serenidade para manter sequência de jogos, o que faz tempo que não ocorre. Obina não é craque, mas sabe fazer gols - e disso o Palmeiras, como qualquer time, precisa.
Ou seja, o trabalho para a Libertadores começou. Mas, parte fundamental desse planejamento, é a permanência de Felipão, que já parece menos inflexível no desejo de pegar o boné em dezembro. Falta, agora, a reação no Campeonato Brasileiro, porque não é nada agradável um campeão da Copa do Brasil ocupar a penúltima colocação.