Mas houve alguns destaques, a maioria vinda dos veteranos em ação nos clubes paulista. Um dos que mais me chamaram a atenção foi Roberto Carlos. O lateral do Corinthians teve participação decisiva, pelo futebol vibrante do primeiro tempo do jogo com a Lusa e pelo gol olímpico que marcou, no final da tarde, no Pacaembu. Roberto percebeu o goleiro Weverton distraído, em conversa com os companheiros, e cobrou logo o escanteio, com efeito. Se juiz Luiz Sérgio de Oliveira poderia ter anulado o gol, porque Paulinho voltou a campo sem autorização e ainda fez corta-luz no lance. Roberto jogou como um garoto na fase inicial e ficou mais fixo na segunda, para ajudar na marcação.
Já Ronaldo foi bem discreto. O novo capitão corintiano teve movimentação melhor na etapa inicial, com deslocamentos, passes e até um tímido chute a gol. Mas sumiu no segundo tempo, quando flanou pelo meio-campo, mais a orientar seus companheiros do que a pegar na bola. Tite demorou para tirá-lo e só o fez aos 30 minutos, com Edno, que não fez nada. Ronaldo mostrou que ainda vai custar para entrar em forma, o que em seu caso significa menos perder peso e mais ter resistência para agüentar o desgaste até o fim dos jogos.
Veteranos decisivos foram Rogério Ceni e Marcelinho Paraíba nos 2 a 0 contra o Mogi, em Mogi Mirim. O goleiro fez o 96.º da carreira, em cobrança de pênalti, e Marcelinho fechou a conta aos 41 minutos do segundo, oito depois de ter entrado no lugar de Cleber Santana. O São Paulo teve atuação para o gasto, protocolar. Faltou entrar em campo Rivaldo, o presidente/dono/capitão/meia do Mogi. A burocracia emperrou a reestreia no Paulistão.
Sem chover no molhado, e com muita bola ainda pra rolar, mas Santos, Corinthians e São Paulo mostraram que têm condições de sobrar na fase de classificação. Palmeiras e Lusa vão sofrer. Para sorte deles, o regulamento prevê classificação de oito para a etapa de mata-mata.