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(Viramundo) Esportes daqui e dali

Veto a Riquelme e profissionalização no Palmeiras

Direto ao ponto: não tenho ainda opinião formada a respeito de Paulo Nobre, novo presidente do Palmeiras. Não o conheço pessoalmente; o que sei dele vem por meio de informações de colegas de profissão e por aquilo que leio, ouço ou vejo. Em linhas gerais, parece ser bem esclarecido e deve cercar-se de profissionais e não de curiosos.

Por Antero Greco
Atualização:

Isto posto, vamos lá: concordo com o veto à contratação de Riquelme. Pelo menos nas bases em que havia sido apalavrada por Arnaldo Tirone. O dirigente que passou o boné tentou golpe de cena, nos estertores de sua confusa administração, para deixar imagem menos negativa na hora de sair. Para tanto, se mandou para a Argentina e fez várias promessas para o astro veterano convencer-se a usar a camisa verde.

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Os pormenores não são muito claros, já ouvi até que Riquelme vestiria a camisa 100 no ano do centenário e que, ao pendurar as chuteiras, ganharia cargo diretivo no clube. Como se fosse um velho conhecido e com larga folha de serviços prestados ao Palmeiras. Ok, pode ser tudo conversa de oposição. Conhecido Riquelme é, por ter sido decisivo nos choques em que o Boca se deu bem contra o Palestra no início do século.

Mas, espera lá: pagar 400 mil por mês, por dois anos, para um atleta em fim de carreira é um desvario. Sobretudo para uma agremiação que se diz sem dinheiro. Além disso, Riquelme está há mais de meio ano sem jogar. Ou seja, em semiaposentadoria. Por que, então, tanta sofreguidão para trazê-lo para São Paulo? Desespero...

Um acordo aceitável com o meia seria propor-lhe uma grana boa. O que me diz de 100, 150 mil por mês? Nada mau, não é mesmo? E, caso ajudasse o time a superar obstáculos, receberia bônus, assim como os demais companheiros de elenco. Uma forma de observá-lo e de estimulá-lo. Chegar como rei da cocada preta, hoje, é 'over'.

Nobre mostrou ponderação, nessa decisão inicial. Não deve queimar dinheiro do Palmeiras. Mas, ao mesmo tempo, não pode dormir no ponto, tem de tomar medidas de impacto, para passar confiança ao torcedor. E, para fechar a conversa: não sei se li direito, mas o novo cartola diz que está trazendo, para a administração, "profissionais com alto custo". Como assim? Espero que tenho feito uma boa relação custo-benefício...

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