Veja que curioso, e como o futebol tem mistérios. O trio que marcou fazia parte do grupo dos mais criticados nas partidas que antecederam a queda de Muricy Ramalho. Sinal de que o precisavam de uma chacoalhada, que talvez o treinador anterior não conseguia mais aplicar. A mesma observação cai bem para diversos outros jogadores. Milton Cruz dá bem conta do recado como interino.
O placar foi seguro para os são-paulinos, mas o Red Bull deu trabalho, ao menos até sofrer o primeiro gol, em cobrança de falta de Rogério Ceni aos 43 minutos. O próprio goleiro tricolor tinha feito duas boas defesas, no começo, porque o RB descia para o ataque com atrevimento.
A sorte mudou com a vantagem antes do intervalo. O placar favorável baixou a adrenalina do São Paulo e aumentou a pressão sobre os novatos adversários. O quadro se definiu melhor quando Pato dobrou e o gol de Ganso foi a estocada final. Dali em diante o Red Bull jogou a toalha.
Ganso, eis um mistério. No primeiro tempo, não saiu do habitual, com alguns bons toques e passes, alternados por momentos de sumiço. No segundo, melhorou, foi participativo, marcou e exibiu o futebol que todos gostariam fosse regular. Por que some e reaparece não se sabe bem... Depois deu lugar para Centurión.
Destaque também para Michel Bastos, talvez o mais regular do São Paulo até agora na temporada. Sempre que joga no meio-campo, bem entendido. Foi o cérebro da equipe e um dos pulmões.
O desafio do São Paulo volta a ser a Libertadores, contra o Danubio, na quarta-feira, no Uruguai. A prova de fogo para baixar de vez a poeira ou levantar novas dúvidas. A aguardar.