Ele diz que não tira os passes pendurados no pescoço nem para tomar banho para dar sorte ao Giants. "Temos que terminar o que começamos", avisou. Sua excentricidade lhe garantiu alguns segundos de fama numa transmissão ao vivo do Canal 4 (acredito que era isso) antes do embarque. Detalhe: ele desembolsou quase US$ 20 mil dólares para garantir os ingressos para todos os jogos necessários.
Já o outro torcedor mostrou o que é amar um clube. Com seus quase 70 anos, Carl revelou que torce pelo Giants desde quando a equipe jogava em Nova York, sua cidade natal. "Eu ouvi a World Series de 1954 pelo rádio", contou todo empolgado. "Essa é uma oportunidade que não posso perder".
Além dos dois, o avião estava repleto de torcedores do Giants. O comissário de bordo não hesitou e, mesmo não torcendo pela equipe de São Francisco, passou a seguinte mensagem pelo rádio: "Go Giants".
No aeroporto de Dallas, fui perguntado a respeito do meio de comunicação do qual pertenço. Quando respondi que eu sou um jornalista brasileiro, a cara de espanto tomou conta do sabatinador. Primeiro disse que não pareço com um brasileiro (gostaria de saber o que seria isso, na prática), e depois ficou maravilhado por eu ter viajado tanto tempo para acompanhar a World Series. "Você deve realmente gostar de beisebol", disse o rapaz de uma companhia de aluguel de carros. É... Ele tem razão.