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Por Luiz Zanin Oricchio
Atualização:

Os quatro grandes começaram vencendo no Campeonato Paulista, o que era esperado. Deles, o que teve maiores dificuldades foi o Santos, contra o Barueri, o que prova que sem um jogador de definição tudo fica muito difícil, mesmo tendo um meio de campo competente. Enfim, a disparidade entre os grandes e o interior é tanta que já foi até reconhecida pela Federação Paulista de Futebol, ao criar a figura do "campeão do interior", a ser disputado entre o quinto e o oitavo colocados. Dá de barato que nenhum dos interioranos deve chegar entre as quatro vagas que decidem o campeão. O que pode acontecer, ou não, sendo o futebol o que é, muito sujeito a zebras e outras imprevisibilidades. Mas convenhamos, a probabilidade deles é mínima.

Outro detalhe do campeonato: como era esperado, o prefeito Gilberto Kassab vetou o projeto de lei que limitava até as 21h o começo dos jogos na capital. Teremos então várias partidas começando às 21h45, por imposição da Globo. Fui ao Parque Antártica ver Santos x Barueri e já senti na pele o que isso quer dizer. Fui dormir às 2h da manhã. No dia seguinte, tive de acordar às 7h, como de hábito. Não dá, né? O argumento do presidente da FPF, que não vi nenhum coleguinha contestar, é que, se há na cidade cinema começando às 22h ou mais tarde, por que não o futebol? Então, vamos ser didáticos: é o seguinte, senhor presidente: cinema o senhor pode escolher: tem sessão às 14h, às 16h, às 18h, às 20h e, sim, às 22h, caso prefira dormir tarde. Futebol é só naquele horário. Pegar ou largar, sem possibilidade de escolha. Com o acréscimo seguinte: no cinema, acabou o filme, você vai para o elevador do shopping e pega seu carro no estacionamento. Já nas imediações de um estádio não é bem assim, não é mesmo? Ou estou errado, presidente?

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