O retorno de Ronaldinho Gaúcho tem de ser comemorado, mas só isso. Ele deu bons passes, mostrou vontade e alegria por jogar com a camisa verde e amarela, mas é difícil imaginar o meia do Milan liderando a seleção em 2014. Vejo, no entanto, um papel de coadjuvante, se ele aceitar isso, é claro.
Titulares em tal setor, Kaká e Ganso são incógnitas no momento. Ambos se recuperam de graves lesões e a paciência será uma arma para o bom retorno. Douglas, utilizado por Mano neste amistoso, parece um tanto aquém do esperado para alguém que queira assumir uma posição de destaque na seleção. Giuliano, do Inter, ainda se desenvolve.
A escassez de meias no Brasil é assustadora. No Campeonato Brasileiro, tal posição é tomada por argentinos, como D'Alessandro, Conca e Montillo, considerados por muitos argentinos como "padrão B" se comparado a outros, como Messi (meia-atacante), Di María e Pastore, que formaram o quarteto ofensivo, juntamente com Higuaín e depois Lavezzi, neste amistoso.
Mano sabe disso e a saída, pelo demonstrado até o momento, é a escalação de volantes que saibam sair para o ataque. A desculpa de que Hernanes não é chamado porque está jogando menos na Lazio do que jogava no São Paulo é balela. Se mantiver o ritmo apresentado no Campeonato Italiano, o ex-são-paulino terá se nome convocado para o amistoso diante da França, no dia 9 de fevereiro do ano que vem.
ARGENTINA - Apesar dos desfalques, a seleção argentina dá mostras de que pode ser a melhor do mundo. Jovens talentos não faltam, mas o técnico Sergio Batista, que ganha sobrevida com a vitória, ainda precisa encontrar uma maneira de melhorar a marcação no meio-de-campo e, consequentemente, melhorar a proteção da zaga. Com isso arrumado, nossos vizinhos têm tudo para novamente conquistar títulos expressivos.
PERGUNTA - Vocês gostaram do retorno de Ronaldinho Gaúcho à seleção?