E então acontece aquilo que é característico nesse tipo de jogo. Numa falha do goleiro (e com a possível contribuição da Jabulani), Snejder marca e, com a Holanda em vantagem, o jogo melhora, e muito. Sim, porque aí o Japão tem de se lançar ao ataque e tentar empatar. Mostra que sabe também atacar. E por que não o faz desde o início? Porque o empate era bom.
Há uma racionalidade no futebol. O Japão se defende porque sabe que, se jogar de igual para igual, não aguentaria a pressão da Holanda. Quando toma um gol, vê-se obrigado a ir em busca do empate e abre espaços na defesa. Quase toma dois gols, mas também quase empata, numa pontada isolada. Era a bola do jogo, mas não entrou. O quase é uma palavra fundamental no futebol. E na vida.
A Holanda foi recompensada pelo fato de ter, pelo menos, procurado o jogo durante a maior parte do tempo. O Japão limitou-se a se defender, até tomar o gol. Às vezes essa estratégia dá certo, mas é muito raro. Para o bem do futebol.
Jogo nota 4, no máximo. O belo e ofensivo futebol holandês ainda não apareceu. Pode surgir na segunda fase, para a qual ela já está praticamente assegurada.