Luiz Carlos Merten
14 de junho de 2006 | 13h01
Se você sabe Inglês, se vira bem em qualquer lugar. Essa afirmação não vale para a Copa do Mundo. E não apenas nos afazeres do dia-dia na Alemanha, como têm relatado os repórteres do Estado. Para os franceses, falar Inglês ou Marciano tem o mesmo valor. Nas engessadíssimas coletivas, nos dias de treino, não há tradutor disponível e as entrevistas são todas em francês – e quem não sabe a língua dos Bleus, que se vire. Foi constrangedor o que ocorreu semana passada com uma equipe de TV coreana. O repórter questionou um dos jogadores em Inglês. E este, com a maior naturalidade, respondeu em francês. Nem ele, nem ninguém da comissão técnica se preocupou em saber se o profissional havia entendido. A questão nem é o idioma, em si, mas ser um pouco mais acolhedor… exemplo ? em todas as seleções, existe um tradutor. Uma atitude simpática, pelo menos. A tradução para o Inglês pode não ser exigência da Fifa, mas os franceses bem que poderiam ser menos arrogantes… pelo menos uma vez a cada quatro anos.
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