Wilson Baldini Jr.
25 de março de 2019 | 00h23
Os três melhores pesos pesados da atualidade anunciaram suas próximas lutas para este semestre. O primeiro a se apresentar será o norte-americano Deontay Wilder, campeão pelo Conselho Mundial de Boxe, diante do compatriota Dominic Breazeale, dia 18 de maio no Barclay’s Center, em Nova York.
Duas semanas depois o britânico Anthony Joshua, dono dos cinturões da Associação Mundial de Boxe, Federação Internacional de Boxe e Organização Mundial de Boxe, terá pela frente o também norte-americano Jarrel Miller, no tradicional Madison Square Garden, em Nova York.
O último dos três a se apresentar será o britânico Tyson Fury diante do desconhecido alemão Tom Schawartz, dia 15 de junho, em Las Vegas.
Sem nenhum desrespeito a Breazeale, Miller ou Schwartz, não eram esses duelos que os amantes da nobre arte gostariam de ver. A principal categoria do boxe, que ficou obscura por vários anos, desde a aposentadoria de Mike Tyson, Evander Holyfield e Lennox Lewis, tem a necessidade de grandes eventos.
Wilder x Fury em dezembro foi um exemplo disso. O empate após 12 assaltos emocionantes recolocaram a categoria dos boxeadores mais pesados de novo no noticiário. Esperava-se que outro combate de peso fosse apresentado pelo empresários. Mas eles são covardes e preferem ganhar um décimo do dinheiro colocando suas galinhas dos ovos de ouro frente a adversários que eles consideram fracos e de fácil vitória.
Zebras acontecem. E se acontecerem o principal derrotado será o boxe. O certo seria ter Wilder x Fury 2 ou Wilder x Joshua ou Joshua x Fury. Em atrações nos Estados Unidos ou na Inglaterra.
Joshua Fury e Wilder só serão figuras de destaque na história do boxe, se eles fizerem duelos entre si. Como fizeram Ali, Frazier, Foreman e Norton. Ou Sugar, Duran, Hagler e Hearns. Atualmente, eles estão mais para Moe, Larry e Curly: os três patetas.
Uma pena.
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