Deontay Wilder não é um boxeador talentoso. Seu estilo de lutar não é refinado, bonito de se ver. Mas o seu direto de direita é capaz de derrubar qualquer ser humano. Com este golpe demolidor, o norte-americano sagrou-se campeão mundial em janeiro de 2015 e no sábado, diante do britânico Tyson Fury, vai defender pela 11.ª vez o cinturão do Conselho Mundial de Boxe.
Poucos pesos pesados tiveram um reinado tão longo. O maior deles foi o de Joe Louis, que entre 1937 e 1948 manteve o cinturão com 26 vitórias. O segundo é Larry Holmes, detentor de 19 triunfos entre os anos de 1978 e 1985. Por pouco o "Assassino de Easton" não igualou o recorde de Rocky Marciano, ao somar 48 vitórias consecutivas na carreira, contra 49 de Rocky.
Mais recentemente, o ucraniano Wladimir Klitschko foi dominante entre 2006 e 2015, com 18 vitórias consecutivas. Muhammad Ali, o maior esportista de todos os tempos, ficou campeão após dez lutas, de 1974 até 1978.
Se realizássemos lutas imaginárias, Wilder é inferior a todos estes campeões, mas jamais poderia ser considerado zebra por causa de seu destruidor direto de direita. Wilder lutou 43 vezes, venceu 42, com 41 nocautes. Ele tem um empate. Exatamente contra Fury, em 2018.