Em 8 de dezembro de 2012, Manny Pacquiao e Juan Manuel Marquez se enfrentaram pela quarta vez. Admito que não entendi mais uma luta entre eles. No ano anterior, havia visto in loco o terceiro duelo, cujo resultado (vitória do filipino, mas um jurado chegou a dar empate) foi muito contestado pelos mexicanos.
Nas duas lutas anteriores, muito equilíbrio. Um empate no primeiro duelo (115 a 110 Pacquiao, 115 a 110 Marquez e 113 a 113) e uma vitória apertada de Pacquiao no segundo (115 a 112, 112 a 115 e 114 a 113).
Mas, evidentemente, me preparei para ver, desta vez, pela televisão dois dos pugilistas mais interessantes neste século para se observar em ação no ringue. E o duelo tapou a minha boca. Mais uma vez os dois realizaram um grande espetáculo e Pacquiao vencia até o fim do quinto assalto por 47 a 46 para os três jurados.
Mas no fim do sexto assalto, Marquez acertou um contra-ataque treinado durante anos para liquidar com o tradicional rival. A 'bomba' pegou em cheio e Pacquiao caiu como se estivesse morto. Diante do desespero de sua mulher à beira do ringue, eu cheguei a rezar pela vida de Pacman.
Graças a Deus foi apenas uma derrota. Uma grande vitória de Marquez festejada intensamente até mesmo pelos jornalistas mexicanos presentes em Las Vegas.
Sempre vale a pena rever um dos maiores nocautes da história.