Não gosto de fazer comparações no esporte. Cada campeão tem seu momento e sua época. Mas duas coisas não saem de minha cabeça desde a vitória de Manny Pacquiao sobre Keith Thurman, sábado, em Las Vegas.
O feito de Pacman é um dos maiores do esporte em todos os tempos. Pena que a imprensa brasileira deu tão pouco espaço para o assunto mais discutido nas redes sociais no sábado à noite.
Aos 40 anos, o filipino pareceu um garoto nos três primeiros assaltos e depois esbanjou sua experiência de mais de duas décadas nos ringue pelo mundo a fora para ganhar pela 62ª.
Seus braços, pernas e o raciocínio estão preservados após dezenas de "guerras" travadas contra Marco Antonio Barrera, Erik Morales, Juan Manuel Marquez, Oscar De La Hoya, Antonio Margarito, Timothy Bradley, Floyd Mayweather e tantos outros...
E o fim de carreira ainda não está por vir. O próximo rival pode ser o russo Alexander Besputin, invicto, de 28 anos, com 13 vitórias, primeiro colocado da Associação Mundial de Boxe, ainda este ano. Depois, o rival poderá ser o vencedor entre Errol Spence Jr. e Shawn Porter. Por último, o desejado duelo com Terence Crawford.
Com títulos conquistados em oito categorias, coloco Pacquiao como o melhor pugilista do século 21 à frente até do badalado Floyd Mayweather de quem perdeu em 2015. E vou além. Em um duelo hipotético com o lendário Eder Jofre, Pacquiao não seria páreo para o Galo de Ouro, mas venceria o nosso maior pugilista da história como peso pena.
Vocês concordam?