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O lendário Jose Angel 'Mantequilla' Napoles, o boxeador que preferiu ser mexicano a ganhar um carro, morre aos 79 anos

Cubano naturalizado mexicano foi um dos maiores meio-médios da história. Somou 81 vitórias, com 54 nocautes. Ele tinha 79 anos. O boxe jamais esquecerá seu talento e simpatia

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Por Wilson Baldini Jr
Atualização:
 

 

Eu tive o prazer e a honra de conhecer Jose Angel Mantequilla Napoles em Buenos Aires, durante uma convenção do Conselho Mundial de Boxe, em 1996. Eu fiquei surpreso com sua simpatia. Sorridente, conversou sobre tudo. E ele sempre foi assim.

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Em 1969, após vencer o norte-americano Curtis Cokes para ganhar os cinturões dos meio-médios da AMB e CMB, em Los Angeles, Jose Napoles foi recebido por Gustavo Díaz Ordaz, presidente do México, que lhe ofereceu como presente um carro, um relógio de ouro e uma boa quantidade de dinheiro. "Não senhor, o que quero é minha nacionalidade mexicana."

Nascido em Santiago de Cuba, em 1940, Napoles saiu de seu país de origem em 1962, um ano depois de Fidel Castro proibir o boxe profissional, após 113 vitórias e uma derrota como amador. Foi morar na Cidade do México e construiu uma carreira que o coloca entre um dos maiores meio-médios de todos os tempos.

Foram 81 vitórias, com 54 nocautes, e apenas sete derrotas. Bateu grandes rivais como Alfredo Urbina, Carlos Hernandez, Eddie Perkins e Johnny Santos e Emille Griffith.

Em 1974, Mantequilla subiu para a categoria dos médios, perdeu  para o lendário argentino Carlos Monzón, mas fez um duelo memorável, na França.

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