Eu tive o prazer e a honra de conhecer Jose Angel Mantequilla Napoles em Buenos Aires, durante uma convenção do Conselho Mundial de Boxe, em 1996. Eu fiquei surpreso com sua simpatia. Sorridente, conversou sobre tudo. E ele sempre foi assim.
Em 1969, após vencer o norte-americano Curtis Cokes para ganhar os cinturões dos meio-médios da AMB e CMB, em Los Angeles, Jose Napoles foi recebido por Gustavo Díaz Ordaz, presidente do México, que lhe ofereceu como presente um carro, um relógio de ouro e uma boa quantidade de dinheiro. "Não senhor, o que quero é minha nacionalidade mexicana."
Nascido em Santiago de Cuba, em 1940, Napoles saiu de seu país de origem em 1962, um ano depois de Fidel Castro proibir o boxe profissional, após 113 vitórias e uma derrota como amador. Foi morar na Cidade do México e construiu uma carreira que o coloca entre um dos maiores meio-médios de todos os tempos.
Foram 81 vitórias, com 54 nocautes, e apenas sete derrotas. Bateu grandes rivais como Alfredo Urbina, Carlos Hernandez, Eddie Perkins e Johnny Santos e Emille Griffith.
Em 1974, Mantequilla subiu para a categoria dos médios, perdeu para o lendário argentino Carlos Monzón, mas fez um duelo memorável, na França.